segunda-feira, 1 de dezembro de 2008

Como dizer que se ama alguém?



Depois da minha tentativa frustrada de entender o amor, me pego pensando novamente em um tema complexo, como dizer que se ama alguém, quando você realmente ama? O homem é um ser inacreditável, pois tem uma capacidade muito grande de ferir os outros e ser ferido, justamente por causa dessa capacidade é tão difícil dizer “eu te amo”. O medo da rejeição cerca todas as pessoas, o não é uma palavra muito difícil de ser ouvida, quebrar o coração não é algo fácil. Quando se está afim de alguém o trauma nem é tão grande, mas se essa pessoa é o motivo de você acordar todos os dias, o motivo de você continuar respirando, o motivo de sua existência, ser rejeitado pode ser um tombo e tanto e por mais que se meça as palavras e calcule as virgulas não se pode mudar um coração. Se é tão difícil, não é melhor guardar o segredo para si, conter suas emoções e se contentar com o sorriso de seu amado? Pensando de uma forma racional, seria melhor guardar sua paixão, mas por ser uma cosia irracional o amor sufoca, machuca e fere, porque quanto mais se guarda mais feridas vão sendo abertas, então aparece o dilema, se eu me livrar do meu peso será que vou acabar sofrendo mais? É exatamente nesse ponto que nasce o maldito medo, medo corrupto, medo brutal, que dói nos ossos e na alma, é nesse momento que se tem vontade de gritar para o mundo, é nesse momento que nasce minha duvida. Afinal como se dizer “eu te amo?”, são só três palavras, mas são as três palavras mais cruéis que a humanidade teve a audácia de inventar , no final sou vencida novamente pelo irreal e concluo que minha busca foi em vão, concluo que no final o amor é mais forte do que todos, concluo que a melhor forma é esperar até não agüentar mais pois só assim se toma coragem e então dizer as três palavras que vão martelar na sua cabeça durante anos e durante esse processo esperar ser correspondido.

quinta-feira, 27 de novembro de 2008

Margareth Parte II - Desembarque

A maria fumaça foi desacelerando, o tic-taque que já havia se tornado parte da jornada foi ficando mais leve e as vezes se escutava o ranger do trem com o trilho, que aparentava ser velho e pouco utilizado. A paisagem que se concretizava revelava lindos pinheiro altos, uma relva baixa, flores campestres e um magnífico riacho correndo montanha abaixo. Aquele cenário parecia pintura, trazia uma paz interior inimaginável misturada com uma sensação de angustia profunda, algo que só sentindo para entender e mesmo assim a compreensão só se vinha pela metade. Uma senhora rechonchuda aguardava do lado de fora da locomotiva, trajava um delicado manteau marrom com listras brancas e pequeninos botões aparentemente de pérola. A menina desceu assustada da locomotiva, seus cabelos negros formavam delicados cachinhos nas pontas, um sorriso acolhedor seguido de um aceno lhe indicaram que a simpática senhora provavelmente a esperava.
- Margareth? Lhe perguntou a mulher de idade.
-Sim, respondeu a menina com um sorriso depois acrescentando. – Tia Clavel?
- Viva e em cores, lhe respondeu a senhora com uma longa risada. – Fez boa viajem? A locomotiva não era usada a muito tempo e pensei que nunca mais veria esses velhos trilhos rangerem.
-Dormi durante quase toda a viagem, o som do trem acabou se tornando uma excelente musica de ninar aos meus ouvidos, a paisagem um ótimo livro e o balançar dos trilhos um verdadeiro embalo. A menina corou, nem conhecia sua tia há tanto tempo e já lha revelara pequenos detalhes ocultos em seu interior.
Mas toda aquela intimidade que Tia Clavel parecia lhe despertar acabaram dando espaço para aquele tipo de comentário.
As duas foram andando por um caminhozinhos estreito, ladrilhado delicadamente com caquinhos de vidro reluzentes. Ao lado crescia uma centena de dentes de leão intercalados com a relva rasteira da paisagem anterior. Provavelmente havia alguma floresta de eucaliptos nos arredores, pois o cheiro de suas folhas era carregado pelo vente causando uma sensação deliciosa na menina. À medida que o sol da manhã ia ficando mais quente as duas foram se aproximando de uma pequena vila, essa era decorada com casinhas de telhados coloridos, florzinhas nas janelas e o som freqüente de água jorrando. Passaram por uma dúzia de casas ora com gatinhos no muro, ora com cachorros latindo, por uma padaria que revelava um delicioso cheiro de pão característico da França, uma mercearia que provavelmente era o único mercado da região, uma escola de onde se ouvia gritos de professores e risadinhas de alunos. Por fim chegaram a uma pracinha magnífica, enfeitada com tulipas amarelas e rosas brancas, pequenos banquinhos de madeira ficavam em volta de um chafariz no qual passarinhos se banhavam.

segunda-feira, 21 de julho de 2008

A Origem do Oceano


Escrevi esse mito, para um trabalho da escola. Espero que gostem

Há tempos remotos, muito além de nossa concepção, quando o sol ainda era novo e muito do que chamamos de terra eram apenas rumores levados pelo sussurro do vento, a Deusa planava pelo universo contemplando sua criação.
Ficou deslumbrada pelo que criara, grandes arvores, pequenas flores, sementes de todas as cores e formatos. Alguns animais já apresentavam grande progresso e as rochas já tinham muita historia para contar, as fadas voavam péla manhã pegando mel fresco das abelhas, gnomos cultivavam cogumelos grandes e suculentos, sereias alegravam as tardes com seu canto doce e os grandes Elfos corriam pelas colinas, estudando e respeitando a natureza.
Tudo ocorria perfeitamente bem até o dia em que aquela estranha raça começou a se organizar, eram grandes como os Elfos, gananciosos como os duendes e traiçoeiros como as sereias,eram chamamos de Humos. Já que a Deusa não negava sabedoria a ninguém, esse seres sabiam que com alta magia podiam qualquer coisa, a grande Mãe não ficou contente com a ganância daquele povo e durante 1 ano chorou derramando toda sua mágoa sobre a Terra, logo percebeu que seu choro cobrira uma grande fração da terra e em suas lágrimas, a vida começou a nascer, alguns serem migraram para lá e assim surgiu o oceano, da ganância de uns e da tristeza de outros .

segunda-feira, 12 de maio de 2008

Aos Apaixonados =)


Outro dia estava pensando no real motivo das pessoas se apaixonarem, fiquei horas perdida em pensamento, resolvi criar algumas hipóteses primeiro supus que pode ser algo carnal, desejo por tocar e sentir a pele do outro, mas depois de ver tantas pessoas chorando por amor cheguei a conclusão que não era possível, pois se não passa de um desejo simples esses não sofreriam tanto e se contentariam com qualquer pretendente. Alguns minutos depois pensei que poderia se algo provocado por uma espécie loucura da mente, afinal muitos morrem e vivem por amor, porque não ser classificado como um simples distúrbio? Entretanto vi que novamente estava errada, pois algo tão bonito não pode ser fruto de um louco e sim de um sábio. Percebi que a única forma de saber o motivo de se apaixonarem era tentar me apaixonar também, fechei os olhos e lembrei de todos os meus amigos, me recordei de todos que me cercavam, selecionei alguns e resolvi tentar me apaixonar por eles, forcei meu coração mas foi em vão, por mais que tentasse não conseguia me apaixonar assim, fiquei intrigada e resolvi mudar de tática. Resolvi por fim tentar definir amor juntei todas as informações que já tinha, processei tudo muito bem, o amor é lindo, dizem alguns, sem amor não tem vida, já indagam outros, já sofri por amor, reclamam os mais fracos e os audaciosos ainda se atrevem a dizer que o amor é como uma rosa cheia de espinhos afiadas mas ao desabrochar se torna uma linda flor de perfume sem igual.Então o amor é algo maravilhoso que leva o homem a loucura e simplesmente sem esse ele não vive, todavia ele machuca e fere, despeja lagrimas e parte o coração, é algo bom e ruim. Depois de tanto quebrar minha cabeça fiquei ainda mais confusa e sinceramente se algum souber o motivo das pessoas se apaixonarem me fale, porque acho que tudo isso a meu ver foi em vão, a verdadeira razão vai continuar sempre uma neblina na minha mente e no fim vou concordar que é algo da natureza animal, algo imutável e inexplicável, assim como o ódio e o rancor.

quinta-feira, 24 de abril de 2008

Sem nome oO Part I - Aquelas tardes no mar.


O barulho da chuva sempre me lavou a alma, o vento sempre me trouxe boas lembranças e a luz da lua sempre encheu meu coração de esperança, mas não mais, não naquelas noites onde tudo parecia um grande abismo. Nasci em família rica o que é um grande prestigio para qualquer Inglesa, meus pais sempre foram muito próximos da coroa o que nos traz grades benefícios, mas para meu lado sempre foi um tormento, sendo moça de boa família fui prometida á casamento antes de nascer, como é de costume, no inicio não me parecia grande coisa afinal minha mãe se casara e minhas duas irmãs já tinham seus maridos. Minha família trabalha com expedições marítimas, meu avô e meu pai administram o negocio, mas não costumam partir em viagem e para isso tem seus empregados, esses costumam ser jovens e bonitos. Quando o tempo não é favorável e meu dia parece um imenso vazio sem fim costumo acompanhar meu pai até seu escritório, foi numa dessas que nossos olhares se cruzaram, eu estava passeando no cais enquanto meu pai inspecionava os barcos que traziam especiarias, ele estava sentado nas rochas observando as gaivotas, seus lindos cabelos negros balançavam junto ao vento e seus olhos azuis refletiam as ondas do mar, não pude me conter tinha que ir à sua direção, andei até onde ele estava e sentei ao seu lado, ele permanecia imóvel até que reparou na minha presença.- Olá Dama o que queres? Engoli em seco sua voz parecia a de um anjo e seu sorriso era de arrebatar qualquer coração, então senti que não era necessário seguir as boas maneiras parecendo uma dama fina e elegante só queria me entregar completamente a ele. –Olá, falei timidamente. Chamo-me Alicia Mountbatten e como se chama jovem cavaleiro? Ele tocou delicadamente minha mão e senti um arrepio no meu corpo intero, - Meu nome pouco importa, mas já que a vejo tão intrigada pela minha pessoa pode me chamar simplesmente de Luke. O vento continuava a soprar e junto a ele vinha o cheiro do mar, as gaivotas pairavam no céu e eu sentia as ondas baterem delicadamente nos meus pés.

quarta-feira, 23 de abril de 2008

Margareth - Parte I , uma viagem de trem


Margareth encostou sua cabeça lentamente na janela fria do velho trem, a chuva caia gélida e cortante embaçando toda a paisagem lá fora, seus olhos foram cerrando lentamente e sua respiração foi ficando pesada até que a menina caiu em sono profundo. Raios de sol brotavam nas primeiras horas da manhã revelando um céu claro e limpo, os olhos de Margareth se abriram de súbito quando sentiu o cheiro de mofo dos velhos bancos de couro. Olhou ao seu redor, continuava sozinha no vagão derrepente começou a rir ao pensar como aquilo parecia assustador, sozinha no vagão de um trem que outrora fora um dos meios de transporte mais utilizados, que segredos aqueles carpetes escondiam? Que murmuros aquelas paredes não ouviram? Mas tudo aquilo parecia tão distante, lembranças de tempos que se foram histórias que não seriam mais contadas e risos que se perderam no sussurro do vento. Margareth sorrio ao perceber que a tempestade do dia anterior havia passado e que o sol secava as últimas gotículas de orvalho, pela janela entrava o cheiro das flores campestres. Era tão bom sair do barulho das cidades principalmente para alguém que havia passado à vida inteira migrando de metrópole em metrópole como qualquer boa filha de diplomatas, entretanto agora teria a chance que sempre sonhara morar numa cidade fixa, fazer bons amigos e ter um lugar apara chamar de lar, mas é claro que nunca pensara que seu sonho se tornaria realidade numa pequena e desconhecida cidade no sul da França na casa de sua tia-avó.