quinta-feira, 24 de abril de 2008

Sem nome oO Part I - Aquelas tardes no mar.


O barulho da chuva sempre me lavou a alma, o vento sempre me trouxe boas lembranças e a luz da lua sempre encheu meu coração de esperança, mas não mais, não naquelas noites onde tudo parecia um grande abismo. Nasci em família rica o que é um grande prestigio para qualquer Inglesa, meus pais sempre foram muito próximos da coroa o que nos traz grades benefícios, mas para meu lado sempre foi um tormento, sendo moça de boa família fui prometida á casamento antes de nascer, como é de costume, no inicio não me parecia grande coisa afinal minha mãe se casara e minhas duas irmãs já tinham seus maridos. Minha família trabalha com expedições marítimas, meu avô e meu pai administram o negocio, mas não costumam partir em viagem e para isso tem seus empregados, esses costumam ser jovens e bonitos. Quando o tempo não é favorável e meu dia parece um imenso vazio sem fim costumo acompanhar meu pai até seu escritório, foi numa dessas que nossos olhares se cruzaram, eu estava passeando no cais enquanto meu pai inspecionava os barcos que traziam especiarias, ele estava sentado nas rochas observando as gaivotas, seus lindos cabelos negros balançavam junto ao vento e seus olhos azuis refletiam as ondas do mar, não pude me conter tinha que ir à sua direção, andei até onde ele estava e sentei ao seu lado, ele permanecia imóvel até que reparou na minha presença.- Olá Dama o que queres? Engoli em seco sua voz parecia a de um anjo e seu sorriso era de arrebatar qualquer coração, então senti que não era necessário seguir as boas maneiras parecendo uma dama fina e elegante só queria me entregar completamente a ele. –Olá, falei timidamente. Chamo-me Alicia Mountbatten e como se chama jovem cavaleiro? Ele tocou delicadamente minha mão e senti um arrepio no meu corpo intero, - Meu nome pouco importa, mas já que a vejo tão intrigada pela minha pessoa pode me chamar simplesmente de Luke. O vento continuava a soprar e junto a ele vinha o cheiro do mar, as gaivotas pairavam no céu e eu sentia as ondas baterem delicadamente nos meus pés.

quarta-feira, 23 de abril de 2008

Margareth - Parte I , uma viagem de trem


Margareth encostou sua cabeça lentamente na janela fria do velho trem, a chuva caia gélida e cortante embaçando toda a paisagem lá fora, seus olhos foram cerrando lentamente e sua respiração foi ficando pesada até que a menina caiu em sono profundo. Raios de sol brotavam nas primeiras horas da manhã revelando um céu claro e limpo, os olhos de Margareth se abriram de súbito quando sentiu o cheiro de mofo dos velhos bancos de couro. Olhou ao seu redor, continuava sozinha no vagão derrepente começou a rir ao pensar como aquilo parecia assustador, sozinha no vagão de um trem que outrora fora um dos meios de transporte mais utilizados, que segredos aqueles carpetes escondiam? Que murmuros aquelas paredes não ouviram? Mas tudo aquilo parecia tão distante, lembranças de tempos que se foram histórias que não seriam mais contadas e risos que se perderam no sussurro do vento. Margareth sorrio ao perceber que a tempestade do dia anterior havia passado e que o sol secava as últimas gotículas de orvalho, pela janela entrava o cheiro das flores campestres. Era tão bom sair do barulho das cidades principalmente para alguém que havia passado à vida inteira migrando de metrópole em metrópole como qualquer boa filha de diplomatas, entretanto agora teria a chance que sempre sonhara morar numa cidade fixa, fazer bons amigos e ter um lugar apara chamar de lar, mas é claro que nunca pensara que seu sonho se tornaria realidade numa pequena e desconhecida cidade no sul da França na casa de sua tia-avó.